segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Imagem que Simboliza o Módulo 7 Unidade 7


Bomba Atómica de Hiroshima 

Conceitos Módulo 7 Unidade 2

Crash (craque) bolsista: termo empregue nas operações financeiras de bolsas de ações para caracterizar a quebra dos valores dos papéis e títulos postos à venda. O maior crash conhecido foi o ocorrido em outubro de 1929, nos Estados Unidos.

Deflação: situação económica, geralmente de crise, caracterizada por uma diminuição dos preços, do investimento e da procura, acompanhada de uma progressão do desemprego. Frequentemente, são os estados que originam essa situação no intuito de combater a inflação dos meios de pagamento, a especulação e a alta de preços. Para o efeito, diminuem a quantidade de papel-moeda, restringem o crédito e reduzem os gastos do Estado.

Totalitarismo: sistema político, no qual o poder se concentra numa só pessoa ou no partido único, cabendo ao Estado o controlo da vida social e individual.

Fascismo: sistema político instaurado por Mussolini na Itália, a partir de 1922. Profundamente ditatorial, totalitário e repressivo, o fascismo suprimiu as liberdades individuais e coletivas, defendeu a supremacia do Estado, o culto de chefe, o nacionalismo, o corporativismo, o militarismo e o imperialismo. Por extensão, o termo fascismo designa também todos os regimes totalitários de direita e até mesmo simples regimes autoritários.

Nazismo: sistema político instaurado por Hitler na Alemanha a partir de 1933. Para além de perfilhar os princípios ideológicos do fascismo, distinguiu-se pelo racismo violento, fundamentando-o numa suposta superioridade biológica e espiritual do povo ariano, ao qual pertenceriam os alemães. Ao Estado nazi - erigido em Estado racial - incumbiria não só a preservação  da raça superior, libertando-a do contacto com os elementos impuros - daí as perseguições aos judeus -, mas também a sua expansão - donde a teoria do "espaço vital" e o imperialismo alemão.

Corporativismo: forma de organização socioeconómica que aceita a propriedade privada, mas estabelece como necessária a intervenção do Estado no sentido de tomar aquela socialmente útil. Para tal, defende a constituição de corpos profissionais (corporações) de trabalhadores, patrões e serviços, que conciliam os seus interesses de modo a promoverem a ordem, a paz e a prosperidade, ou seja, o bem-estar geral.

Propaganda: conjunto de meios destinados a influenciar a opinião pública. Nos estados totalitários, a propaganda procura inculcar nas massas a sua ideologia e os seus valores culturais e morais. Entre os meios utilizados, citam-se os discursos, a imprensa, panfletos, cartazes, a rádio, o cinema, a televisão, marchas, canções, uniformes, emblemas, manifestações.

Antissemitismo: termo que, do ponto de vista linguístico, significa hostilidade aos judeus. Do ponto de vista histórico, as perseguições antissemitas relacionam-se com o triunfo da religião cristã (os judeus não reconheceram Cristo e pediram a Pilatos a sua morte) e atingiram as comunidades judaicas espalhadas pela Europa. Na altura da Peste Negra e de outras epidemias, os judeus eram vistos como as origens do mal, sendo acusados de envenenarem fontes. Na Península Ibérica, os judeus convertidos ("cristãos-novos") foram as grandes vítimas da Inquisição nos séculos XVI a XVIII. No século XIX, o antissemitismo assumiu, em alguns países europeus, o carácter de racismo, ao identificar o povo judeu com uma raça inferior e destruidora. Esta forma de antissemitismo atingiu o auge em pleno século XX, na Alemanha nazi, originando a morte de milhões de judeus.

Genocídio: política praticada por um governo visando a eliminação em massa de grupos étnicos, religiosos, económicos ou políticos. Embora a História tenha registado uma grande quantidade de genocídios, foram os regimes totalitários que levaram a extremos indiscutíveis a prática do genocídio. O genocídio judaico durante a Segunda Guerra Mundial é também apelidado de Holocausto ou, em hebreu, de Shoah (catástrofe).

Intervencionismo: papel ativo desempenhado pelo Estado no conjunto das atividades económicas a fim de corrigir os danos ou os inconvenientes sociais derivados da aplicação escrita do liberalismo económico. Concretizou-se no controlo dos preços, em leis sobre os salários, na legislação do trabalho e social. O intervencionismo esteve também na origem da participação do Estado como empresário e produtor de serviços públicos. Entre estes, contam-se a produção e a distribuição de energia, os caminhos de ferro, os correios, os telefones.

New Deal: literalmente, significa nova distribuição e é a ex-pressão pela qual ficaram conhecidas as reformas e iniciativas económicas e sociais implementadas pelo presidente dos EUA Franklin Delano Roosevelt, a partir de 1933, para ultrapassar a Grande Depressão. O New Deal assentou numa forte intervenção na Banca e nos créditos, que foram incentivados, na atribuição de prémios de produção, no reajustamento entre o nível salarial e o dos preços, na desvalorização do dólar e numa política intensiva do comércio externo.

Cultura de massas: conjunto de manifestações culturais partilhado pela maioria da população. A cultura de massas é difundida pelos mass media e típica das sociedades industriais do século XX.

Media: palavra inglesa que designa os meios de comunicação de grande impacto. Os mass media (meios de comunicação de massas) dirigem-se a um público vasto, heterogéneo e disperso.

Estandardização de comportamentos: uniformização das condutas individuais segundo um padrão socialmente aceite. Em termos sociológicos, este fenómeno é visto como um corolário da massificação social e cultural que caracteriza o século XX.

Funcionalismo: conjunto de soluções arquitetónicas inovadoras que marca o início de uma arquitetura verdadeiramente moderna. O funcionalismo une estreitamente a forma e a função numa economia de custos e racionalidade de linhas, pondo em evidência a estrutura volumétrica dos edifícios.

Realismo socialista: «Arte oficial» da União Soviética, estabelecida no período estalinista. Definida por Andrei Jdanov, em 1934, como a «descrição da realidade na sua dinâmica revolucionária», o realismo socialista dirige-se às massas, tendo como objetivo suscitar a sua adesão ao regime. Os temas remetem geralmente para o mundo proletário e a vida feliz dos trabalhadores na sociedade socialista.

Conceitos Módulo 7 Unidade 1


Vanguarda cultural: movimento inovador no campo artístico, literário ou em qualquer outra área da cultura que rejeita os cânones estabelecidos e antecipa tendências posteriores.

Fauvismo: Corrente vanguardista, marcadamente francesa, iniciada em 1905 e liderada pelo pintor Henri Matisse. Defende o primado da cor na pintura e utiliza-a com total liberdade, em tons fortes e agressivos, negligenciando. Como grupo, os fauves tiveram uma curta duração, desmembrando-se por volta de 1908.

Expressionismo: no sentido lato, designa as formas artísticas que tendem para a expressão subjetiva e emotiva. Num sentido restrito, designa uma corrente de vanguarda das três primeiras décadas do século XX, marcadamente alemã, que proclama como objetivo da arte a representação de emoções e insiste na escolha de temas fortes de índole psicológica e social.

Cubismo: movimento artístico iniciado por Picasso e Braque, cerca de 1907, que rejeita a representação do objeto em função da perceção ótica e a substitui por uma visão intelectualizada globalizante de tipo geométrico. Distingue-se entre o cubismo analítico (até 1912 sensivelmente) e o cubismo sintético (de 1912 até meados dos anos 20).

Abstracionismo: movimento artístico que rejeita o tema ligado à realidade concreta, à descrição do visível. A obra de arte abstrata procura uma linguagem universal capaz de superar as diferenças intelectuais e culturais dos espectadores.

Futurismo: movimento artístico criado pelo escritor F. Marinetti em 1909. Caracteriza-se pela rejeição total da estética do passado e pela exaltação da sociedade industrial. Os futuristas nutrem particular admiração pela tecnologia moderna e pela velocidade.

Dadaísmo: movimento de contestação artística que recusa todos os modelos plásticos e a própria ideia de arte. Nascido na Suíça, em 1916, o dadaísmo difunde-se internacionalmente e atinge o seu apogeu em frança, cerca de 1920. Verdadeiramente desconcertante e inovador, levando ao extremo a espontaneidade e a irreverência, Dada influenciou os mais importantes movimentos artísticos da segunda metade do século XX, como o Happening, a Pop Art e a Arte Conceptual. Diretamente, a via dadaísta desembocou, por intermédio de alguns dos seus membros (F.Picabia, Man Ray, Max Ernst, André Breton...) no movimento surrealista.

Surrealismo: movimento estético iniciado em França, em 1924, que, tendo aparecido no campo da literatura, se estendeu rapidamente à pintura, à escultura e ao cinema. O movimento surrealista fez a apologia da arte como mecanismo de projeção do inconsciente, recorrendo aos mais diversos maeios para expressar a realidade interior do artista.

Inflação: alta geral de preços derivada de distorções existentes entre a procura dos produtos e a oferta de bens, a quantidade de moeda que circula e a produção/circulação de riquezas. Quando a oferta de bens não correspondente à procura dos compradores capazes de pagar, estes últimos, para conseguirem as mercadorias, sujeitam-se a pagar mais caro e fazem subir os preços. Em geral, a inflação tem origem na necessidade de criar meios de pagamento suplementares através, por exemplo, da emissão de papel-moeda. Tal pode ser devido, entre outros fatores, a um défice orçamental crónico ou a um aumento geral dos salários sem um correspondente aumento da produção.

Marxismo-leninismo: desenvolvimento teórico e aplicação prática das ideias de Marx e Engels na Rússia por Lenine. Caracterizou-se por enfatizar: 
o papel do proletariado, rural e urbano, na conquista do poder, pela via revolucionária e jamais pela evolução política;
a identificação do Estado com o Partido Comunista, considerado a vanguarda do proletariado; o recurso à força e à violência na concretização da ditadura do proletariado.

Sovietes: conselhos de camponeses, operários, soldados e marinheiros da Rússia. Os primeiros sovietes, apenas com operários, remontam à Revolução de 1905 e foram instalados nas fábricas, como focos de ligação e dinamização dos grevistas. Contidos pelo fracasso do movimento, reapareceram em fevereiro de 1917. A Revolução bolchevista de outubro buscou nos sovietes a legitimação popular e fez deles a base da futura organização de Estado da URSS.


Ditadura do proletariado: segundo a teoria marxista, é a etapa por que deve passar a revolução socialista antes da edificação do comunismo. A ditadura do proletariado surge para desmantelar a estrutura do regime burguês, possibilitando a supressão do Estado e a eliminação da desigualdade social.

Comunismo: Etapa final para que caminha a revolução proletária. Caracteriza-se pelo desaparecimento das classes sociais, pela extinção do Estado e pela instauração de uma sociedade de abundância.

Centralismo democrático: princípio básico que norteia a organização do Partido e do Estado comunista, segundo o qual todos os corpos dirigentes são eleitos de baixo para cima, enquanto as suas decisões são de cumprimento obrigatório para as bases.

Anomia social: ausência de um conjunto de normas consistente e genericamente aceite pelo grupo social. A anomia pressupõe a fragilidade e a relativização dos valores que ditam a conduta dos indivíduos. É uma característica das sociedades atuais em que as mudanças rápidas impedem a consolidação de um código social rígido.

Feminismo: movimento de contestação e luta empreendido pelas mulheres com vista ao fim da sua situação de dependência e inferioridade relativamente ao sexo masculino. As reivindicações do movimento feminista centram-se, pois, na igualdade (jurídica, social, económica, intelectual e política) entre os dois sexos.

Relativismo: abordagem científico-filosófica que admite a impossibilidade do conhecimento absoluto e acredita que o conhecimento depende das condições do tempo, do meio e do sujeito que conhece.

Psicanálise: ciência psicológica criada por Sigmund Freud que abarca um corpo doutrinal teórico (sobre o psiquismo), um método de pesquisa e um processo terapêutico. A psicanálise abriu à Psicologia um novo campo de fenómenos (o inconsciente), através do qual procura explicar comportamentos até aí tidos como inexplicáveis.

Modernismo: movimento cultural das primeiras décadas do século XX que revolucionou as artes plásticas, a arquitetura, a literatura e a música, estendendo-se também às restantes manifestações culturais. O modernismo reivindica a liberdade de criação estética repudiando todos os constrangimentos, em especial os preceitos académicos.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Conceitos Modúlo 4 Undidade 4

Iluminismo: Movimento cultural e filosófico que se desenvolveu na Europa, no século XVIII (Século das Luzes), e que se caracterizou pela afirmação do valor da Razão e do conhecimento para atingir o progresso; pela crítica da ordem política, social e religiosa existente e pela defesa dos ideais de liberdade, igualdade, tolerância e justiça

Direito Natural: privilégio ou prerrogativa que resulta e deriva da natureza física e biológica dos seres, isto é, aquele que advém das condições naturais, iguais à nascença para todos os seres humanos.

 

Contrato social: nas teorias políticas que admitem a soberania popular, é o acordo, tácito ou explícito, celebrado entre o indivíduo e a sociedade, o que legitima a transferência de poder desta para o governante. Nesta aceção, é pelo contrato social que se institui o Estado e os órgãos do Governo.

 

Separação dos poderes: teoria que vê o poder político dividido em três poderes específicos - o legislativo, o executivo e o judicial - , que devem funcionar separadamente, entregues a órgãos políticos diferentes e independentes.

Conceitos Modúlo 4 Undidade 3

Balança Comercial: expressão que designa a relação entre os bens e os serviços vendidos ou prestados por um país a outros e os que comprou ao estrangeiro; por outras palavras, o saldo existente entre as importações e as exportações de um país, num determinado momento.

 Proteccionismo: medidas económicas - fiscais, aduaneiras e outras - praticadas pelo Estado, com vista a proteger o mercado interno e as suas atividades económicas da concorrência estrangeira.

 Mercantilismo: é o nome dado a um conjunto de práticas económicas desenvolvido na Europa na Idade Moderna, entre o século XV e os finais do século XVIII. O mercantilismo originou um conjunto de medidas económicas diversas de acordo com os estados. É possível distinguir três modelos principais: bulionismo ou metalismo, colbertismo ou balança comercial favorável e mercantilismo comercial e marítimo.

Exclusivo colonial: política económica que reserva os mercados coloniais para uso exclusivo da metrópole, proibindo as ligações económicas das colónias com outros países.

Ato de Navegação: lei protecionista inglesa, do século XVII, que proibia todo o transporte e comércio de mercadorias para Inglaterra por barcos e comerciantes que não fossem os ingleses ou os dos países de origem dos produtos a transacionar.

Manufatura: indústria artesanal que concentra elevado número de operários e onde o trabalho é em série, embora por processos manuais.

Saldo Fisiológico (ou crescimento natural): Diferença entre a natalidade e a mortalidade. Diz-se que é positivo quando a natalidade é superior à mortalidade.

Mercado Nacional: expressão utilizada para designar as relações económicas entre a oferta e a procura dentro das fronteiras de um país.

Comércio Triangular: designação atribuída ao comércio atlântico intercontinental praticado no século XVIII entre as principais potências europeias e as suas colónias na África e na América.

Tráfico Negreiro: comércio de negros, comprados ou aprisionados na África (especialmente na costa da Guiné, Angola e Moçambique) e vendidos como escravos na América, para mão de obra nos engenhos, nas plantações e nas minas.

Capitalismo Comercial: sistema económico que vigorou na Europa até à Revolução Industrial, caracterizado pelo predomínio do capital comercial sobre a produção, os bancos e as bolsas.

Enclosures: palavra inglesa que significa vedação ou cerca. Refere-se ao processo de vedação dos campos na Inglaterra dos séculos XVII e XVIII e que foi acompanhado pelo emparcelamento de terras e a consequente formação de grandes propriedades.

Revolução Industrial: conjunto de transformações técnicas e económicas que se iniciaram em Inglaterra  na segunda metade do século XVIII e se alargaram a quase todos os países da Europa e da América do Norte no decorrer do século XIX.

Maquinofatura: regime de produção que utiliza a força da máquina como energia, substituindo a força manual ou manufatura.

Companhia Monopolista: companhia de comércio à qual o Estado concede privilégios especiais mediante determinadas condições ou contrapartidas.

Conceitos Modúlo 4 Undidade 2

Antigo Regime: designação atribuída ao regime político-social que caracterizou a Europa entre os séculos XV-XVI e os finais do século XVIII, isto é, do período da Expansão ultramarina dos estados europeus  e do Renascimento até ás Revoluções Liberais. A designação Ancien Régime teve origem na França. Alguns países, como a Inglaterra e a Holanda não conheceram este regime.

Sociedade de Ordens: organização social em que existem grupos ou estratos sociais claramente diferenciados sob o ponto de vista jurídico, condição de nascimento, prestígio das funções que exercem, trajos e outros.

Ordem/estado: grupo social dotado de estatuto jurídico próprio, atribuído de acordo com a dignidade e prestígio reconhecidos à condição de nascimento dos seus membros ou à função que desempenham na sociedade.

Estratificação social: divisão das sociedades em grupos hierarquizados, segundo determinados critérios: étnicos, económicos, ideológicos ou outros.

Mobilidade social: fenómeno social que se traduz na circulação ou movimento de indivíduos, de ideias ou de valores sociais, de uma camada considerada inferior  para uma superior e vice-versa.

Privilégio: direito ou vantagem conferido a certa pessoa, grupo, classe ou ordem, que os demais não têm.

Nobreza de sangue: nobres de linhagem, isto é, que herdavam a sua condição social dos seus antepassados, pelo nascimento. A nobreza de sangue foi uma nobreza de casta (= fechada sobre si própria), que procurou, através de casamentos entre os seus iguais, o apuramento do sangue, fator da superioridade do seu estado.

Nobreza de toga: categoria nobiliárquica  constituída pelos elementos do Terceiro Estado que haviam sido nobilitados por  concessão dos monarcas: por mérito pessoal, por favores ou serviços prestados, ou por inerência dos cargos desempenhados ( no Antigo Regime, certos cargos do funcionalismo público - diplomáticos, judiciais e administrativos - podiam nobilitar).

Degredo: pena imposta por certos crimes que consistia em enviar o condenado, temporária ou definitivamente para um desterro ou exílio longínquo.

 

Monarquia absoluta: regime político em que o rei detinha uma autonomia total e absoluta sobre os seus súbditos, concentrado na sua pessoa todos os poderes do Estado. Este regime vigorou na quase totalidade dos Estados europeus desde o século XVI até finais do século XVIII.

 

Consuetudinária: de acordo  com a tradição e o costume.

Sociedade de corte: conjunto de todos os indivíduos (funcionários, conselheiros, diplomatas, aios, criados...) que viviam na corte ou a frequentavam regularmente (cortesãos).

 

Vínculos: conjunto de bens que se encontravam unidos de modo indissolúvel a uma família.

 

Comendas: atribuição do usufruto de bens de ordens religiosas e militares. No início do século XVII havia cerca de 600 comendas em Portugal.

 

Morgadios: uma das espécies de vínculos que se transmitiam apenas ao primogénito varão. A outra espécie de vínculos eram as capelas, que era um conjunto de bens em princípio afetos a uma obra pia para assegurar o culto.

 

Época moderna: tradicionalmente, circunscrito ao período entre 1453 (Tomada de Constantinopla pelos Turcos Otomanos) e 1789 (início da Revolução Francesa). Na História Nova, que desvaloriza as datas e valoriza o tempo longo, a Época ou Idade Moderna situa-se entre os séculos XV-XVI (Descobrimentos/ Expansão) e os finais si século XVIII (primeiras revoluções liberais). A Idade Moderna, na Europa, carateriza-se pelo absolutismo, pela dominação colonial e pelo desenvolvimento do comércio.

 

Aparelho burocrático do Estado: conjunto de órgãos políticos e administrativos encarregados da gestão de um território ou nação, a nível central, regional e local.

 

Mare liberium: expressão latina que significa "mar livre". Foi utilizada para designar a teoria defensora da liberdade de circulação marítima de todos os Estados. Opunha-se à teoria do mare clausum ("mar fechado") que, na sequência do Tratado de Tordesilhas, conferia a exclusividade da navegação a Portugal e a Espanha.

 

Companhias monopolistas: sociedades comerciais, organizadas ou não por ações, que recebiam do Estado privilégios e regalias a título de exclusividade.

 

Parlamento: na Grã-Bretanha dá-se o nome de Parlamento ao conjunto das duas assembleias legislativas: a Baixa (Câmara dos Comuns) e a Alta (Câmara dos Lordes). Noutros países, o termo Parlamento designa a assembleia legislativa única ou câmara baixa (Câmara dos Deputados, Assembleia, etc.).

 

Commonwealth: em sentido histórico restrito à época em estudo, e à letra, significa a República Inglesa (1649-60) sob a ditadura de Cromwell. Atualmente, significa o conjunto das ex-colónias inglesas que aderiram a uma espécie  de comunidade, mesmo depois de se terem tornado independentes.

 

Conceitos Modúlo 4 Unidade 1

Demografia: ciência que estuda e descreve a(s) população(ões) quanto ao número, estado físico, intelectual e moral, movimentos gerais, composição, comportamentos específicos e sua evolução, num determinado período ou lugar. Em sentido lato, pode definir-se como "a história natural e social da espécie humana" (A. Guillard).


Taxa de Natalidade: número de nascimentos ocorridos no espaço de um ano, em cada mil habitantes de uma dada população.


Taxa de Mortalidade: número de mortes verificadas anualmente em cada mil habitantes de uma determinada região ou país.


Esperança de vida: duração média da vida humana (em anos), numa dada sociedade e num dado período de tempo.


Crise demográfica: momento da evolução demográfica de uma população que se caracteriza por um aumento rápido e anormal da mortalidade, seguido de uma redução coletiva dos casamentos e das conceções, não havendo reposição demográfica. Em épocas passadas eram originadas, geralmente, por crises de subsistência (fomes), associadas ou não a pestes e guerras.


Guerra dos 30 Anos: guerra de origens e motivações político-religiosas, que envolveu vários países da Europa no século XVII (1618-1648).


Pirâmide das Idades: representação gráfica da repartição da população segundo a idade e o sexo.

sábado, 17 de março de 2012

Conceitos modulo 2 unidade 3

Época Medieval:uma das épocas em que
tradicionalmente se divide a História. Tem a duração de cerca de 1000 anos,
sendo, normalmente, tomados como limites a destituição do último imperador
romano do Ocidente, em 476, e a conquista de Constantinopla pelos Turcos, em
1453. Embora num período tão longo as mutações históricas tenham sido muitas, a
Idade Média identifica-se, geralmente, com a sociedade senhorial e vassálica que
se formou, no Ocidente, após o século IX e tem como principal emblema o castelo.

Arte Gotica:estilo artístico nascido no Norte de França, que se expandiu pela
Europa entre os séculos XII a XV, e se ligou principalmente à construção de
catedrais. Caracteriza-se pelo arco ogival como elemento estrutural e decorativo
e por uma estética simultaneamente religiosa e natturalista, assente na
verticalidade e na luminosidade.

Confraria:associação voluntária de paroquianos, com fins religiosos (culto a um santo patrono) e de entreajuda e caridade mútuas.

Corporação:associação de pessoas que
exercem a mesma profissão, para defenderem os seus interresses. Além da proteção
dos seus membros, visavam a formação profissional e a qualidade do trabalho e
evitavam a concorrência mútua, tabelando preços e salários.

Universidade:etimologicamente deriva de Studium Universale ou Universitas. Escolas de ensino superior fundadas na Idade Média, que podiam ser frequentadas por todos os estudantes que o desejassem, leigos e clérigos, nacionais e estrangeiros. Organizavam-se em corporações (de
mestres ou de alunos) e dividiam-se em faculdades.

Cultura erudita:conhecimento letrado adquirido por estudo e reflexão dostextos,
sobretudo dos autores clássicos (Platão, Aristóteles...), mas também dos Árabes
e da Igreja Cristã.

Cultura popular:conjunto de manifestações culturais desenvolvidas entre as classes populares. Na época em estudos, os seus centros difusores foram as festas e romarias e os seus principais agentes os jograis.

Conceitos modulo 2 unidade 2

Reconquista:a reconquista foi um processo de ocupação do território, marcado por avanços e recuos, que se desenvolveu na Península Ibérica, do século VIII ao século XV. No início, as
investidas pelos guerreiros cristãos tiveram como finalidade a ocupação de
territórios e a captação de bens da civilização urbana e mercantil. A partir dos
finais do século IX foi guiada pela ideia de que os monarcas cristãos das
Astúrias eram os descendentes e herdeiros dos reis visigodos, que passavam a
recuperar, pela Reconquista, os territórios que legitimamente lhes pertenciam.
Nos séculos XII e XIII, a guerra de Reconquista é reconhecida pelo papado como
guerra de Cruzada. Inseria-se na luta da cristandade contra o Islão, obtendo os
guerreiros peninsulares o auxílio dos cruzados que se dirigiam para oriente e as
indulgências inerentes à Cruzada.

Conselho (concello, concejo ou concilium): termo usado em toda a Península Ibérica paradesignar o conjunto dos moradores de uma área que gozava, perante os senhores ou o
soberano, de uma situação mais ou menos autónoma, possuindo magistrados e
administração própria.

Carta de foral:c documento escrito que reconhecia ou criava o conselho. Geralmente era amitido pelo rei, mas também podia ser emitido por senhores, nobres ou eclesiásticos que
pretendiam atrair povoadores aos seus senhorios, o que era mais frequente nas
zonas rurais. As comunidades rurais tinham menos direitos e privilégios e os
seus forais, por vezes, pouco mais estabeleciam que os tributos devidos ao rei
ou ao senhor, pelo que eram as vilas e cidades onde se exerciam com maior
independência os poderes concelhios.

Mesteiral:os mesteirais estavam encarregados da produção artesanal. Eram alfaiates, sapateiros,
ferreiros, pedreiros, tanoeiros, carpiteiros, preparadores de pele... Também os
pescadores e os almocreves pertenciam a esta categoria social. Em Portugal,
sobretudo durante o século XIII, muitas das atividades artesanais eram
asseguradas por minorias étnicas. Foram sobretudo os Mouros que, depois de
terminada a Reconquista, asseguraram os trabalhos em couro, cerâmica e
ourivesaria. Por isso, os mesteirais, muitas vezes, não eram homens livres,
pertencendo à categoria dos dependentes ou dos escravos, e a organização dos
mesteirais como grupo social foi tardia.

Imunidade: privilégio daquele ou daqueles que são isentos. Inicialmente restrita ao domínio fiscal, a imunidade alargou-se depois a outros direitos, como o de não responder perante a
justiça comum, ou de não receber os juízes e outros funcionários do poder
central nos seus domínios, o que naturalmente implicou autorização para a
criação de tribunais e serviços administrativos privados, bem como o
aparecimento de exércitos pessoais.
Vassalidade: vínculo de
dependência pessoal, privada e recíproca, que une um vassalo (homem livre de
linhagem inferior) a um poderoso que, por sua vez, se torna seu senhor. Esse
vínculo efetiva-se através do contrato vassálico ou de vassalagem.

Monarquia feudal:organização dos poderes nos reinos europeus até inícios do século XIII,
em que o rei exerce o seu poder como suserano dos suseranos, não se distinguindo
a autoridadepolítica ou pública do poder e autoridade privados.

Cúria:órgão que assessorava o monarca no exercício de funções governativas e de administração.
No início da monarquia era composta pela família real e representantes dos
estratos privilegiados: ricos-homens, prelados, clérigos... Com o processo
centralizador, a governação apoia-se crescentemente na escrita e no saber
jurídico; integram então a cúria alguns titulares que tinham a confiança do rei
e preparação técnica para o exercício de determinadas
funções.
Cortes/Parlamentos:reuniões extraordinários e alargadas da Cúria ou
Conselho Régio. Nelas, o rei reunia com os representantes das ordens sociais (a
nobreza e o clero), ligadas ao rei por obrigação de conselho (dever vassálico).
A partir do século XIII (1254) participaram igualmente os representantes
populares eleitos pelos conselhos. Eram convocadas pelo rei, para que este
recolhesse os pareceres sobre determinadas questões de carácter coletivo.

Inquirições:inquéritos
levados a cabo por oficiais públicos e outras pessoas de confiança, enviados
pelos reis às várias regiões do país, a fim de averiguarem, judicialmente, a
natureza das diversas propriedades, dos direitos senhoriais e dos padroados das
igrejas e mosteiros.

Legista:jurisconsulto que, na Idade Média, estudava o direito
romano e defendia o princípio superior do interesse público, de que o rei era o
representante, como forma de fortalecimento do poderreal. Em Portugal
destacou-se Julião Pais, que terá estudado em Bolonha e aí tomado contacto com
as novas teorias jurídico-políticas. A sua ação foi continuada pelo discípulo
Gonçalo Mendes, coadjuvado por outros juristas, como mestre Vicente (conhecido
ne Europa como Vicente Hispano), que tinham estudado e ensinado em Bolonha.

Conceitos modulo 2 unidade 1

Reino:estado ou nação cujo chefe político é o rei. Na época medieval, os reinos eram unidades
territoriais, sob a chefia de um rei, que agregavam pequenas unidades regionais.

Senhorio:circunscrição jurídica, fiscal e administrativa na qual um senhor, nobre ou eclesiástico,
exerce o poder banal sobre todos os homens (livres ou servos) aí residentes.

Comuna:associação de habitantes que obteve o direito de se administrar livremente. É dirigida por um conselho municipal eleito pelos burgueses. A carta de liberdade e de privilégios, carta comunal, é o estatuto jurídico da comuna que consagra a forma de organização coletiva.

Papado:dignidade do Papa.Os bispos de Roma, considerando-se sucessores de S. Pedro,
reivindicaram desde muito cedo o governo da Igreja. Em 1049, o Concílio do Reims, presidido
pelo papa Leão IX, declarou o bispo de Roma primaz apostólico da Igreja universal. Com a luta pela emancipação em relação ao poder imperial,o papado tornou-se uma potência religiosa, moral e política.

Igreja Ortodoxa Grega:designação das igrejas orientais, separadas de Roma desde 1054.
Mantên-se fiéis à doutrina da Igreja definida pelos sete concílios que se
realizam em Niceia, entre 325 e 787.

Islão:civilização inspirada na religião islâmica ou muçulmana.

Burguesia: etimologicamente, significou, num primeiro momento, os habitantes dos burgos; posteriormente, o grupo social cujos menbros se dedicavam ao artesanato e ao comércio, atividades representativas das cidades; por fim, incluiu igualmente os legistas, as profissões liberais e o funcionalismo.

Economia monetária:sistema económico em que toda a produção é excedentária e se
destina ao mercado, tornando as trocas (atividade comercial) essenciais e
indispensáveis. Neste tipo de economia, a moeda representa papel fundamental
como instrumento facilitador das trocas.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

conceitos da unidade 3

Civilização:conjunto de instituições, técnicas, saberes, costumes, creças, etc., que caracterizam uma sociedade ou um grupo de sociedades determinadas.

Igreja Romano-Cristã:termo que designa o Cristianismo e suas hierarquiais sacerdotais, após a sua ascensão a igrja oficial do Estado imperial Romano.

Época Clássica:período da Antiguidade que corresponde aos séculos de nascimento e desenvolvimento das civilizações grega e romana. Cronologicamente, estende-se do início do 1º milénio a.C. até 476 d.C., data da queda do Império Romano do Ocidente.

conceitos da unidade 2

Império:conjunto de diversos territórios, com diferentes nações e culturas, geralmente adquiridos por conquista que estão suburdinados à autoridade de um único governo(Estado), o qual exerce o domínio político e a exploraçao económico.

Magistrturas:cargos superiores de funcionalismo público e do exército nos quais era delegado algum poder do estado(potestas ou imperium).

Direito:conjunto de leis e de normas jurídicas que governam um povo ou estado e que regulam as relações sociais. O comportamento da lei é garantido pela ação coersiva do estado, o que distingue estas normas das morais, religiosas e sociais.

Municipio:cidade do Império Romano, em Itália ou nas províncias, cuja organização admistrativa interna era semelhante à da capital do império-Roma.

Pragmatismo:filosofia ou corrente de pensamento que valoriza o senso comum, ou juízo prático e objetivo, como orientação de vida.

Urbanismo:estudo sistematizado da cidade que inclui o conjunto de medidas técnicas, admistrativas, económicas e sociais necessárias a sua planificação e desenvolvimento(ruas, praças, templos, aréas de lazer, abastecimento de água, rede de esgotos).

Fórum:principal praça pública das cidades romanas, onde se encontravam os mais importantes templos e edifícios púplicos.

Romanização:alto ou efeito de romanizar, isto é, adaptar aos costumes e cultura dos romanos.

Aculturação:alto de assimilação de uma cultura por outra diferente, fenómeno resultante do contato direto e contínuo entre grupos de indivíduos de culturas diferentes.

domingo, 25 de setembro de 2011

Ciências Sociais: Conjunto de ciências como a História, a Sociologia, a Antropologia, o Direito, a Economia e outras, cujo objeto de estudo são os diferentes aspetos das sociedades humanas.

Nova Historia: Conceção da História, surgida a partir da revista Annales (1929), que é a primeira tentativa da história total, através da valorização de novos objectos, como as mentalidades, os marginais, a familia, a morte, o presente ... A Historia Nova assenta no novo conceito de documento , no alargamento dos âmbitos cronologico e geografico, no recurso a novas metodologias e na interdisciplinaridade.

Diacronia: Eixo coordenador do tempo que se revele ao desenvolvimento ou sucessão de acontecimentos.

Soncrinia: Eixo coordenador do tempo que se refere as simultaniedades de factos ou fenómenos históricos.

Fonte Histórica: Vestigios do passado que são evidencias das actividades, das ideias e as crenças dos seres humanos de outras épocas, possibilitando aos historiadores construir o conhecimento sobre a Humanidades nessas épocas.

Cronologia: Ciência que trata fixação das datas de ocorrências de factos historicos, das divisões do tempo da ordem e sucessão dos acontecimentos. A cronologia assenta em convenções e regras próprias .

Periodização: Na Historia tradicional, refere-se à divisão do tempo histórico em periodos mais ou menos longos,transcorridos entre duas datas ou factos marcantes. Na História Nova , as periodizações são feitos a partir de criterios como :as formas de vida, as tecnologias, as mentalidades, a organização politica, economia e social.

Patrimonio: Conjunto de bens materiais e culturais transmitidos pelos anrepassados. O patrimonio deve ser preservado e valorizado pelo Estado e pelos cidadaos, pois constitui uma herança coletiva, nacional e da Humanidade.

Efeito: Resultado ou consequencia de um facto ou acontecimento.